sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O início, o fim, o meio...




E o início veio e era tudo felicidade. E no meio algo se perdeu. Alguém se perdeu. O fim inconstante e interminável. O fim não finito. O fim infinito de ver. O fim sem fim. O meio. O meio do fim e o fim do meio. Fim de mim. E que fim. Será o fim ou o meio?
Inominável eu que dou voltas sem fim e o fim vira meio e o meio vira fim.
Fim de amores, fim de amigos... Ou amores sem fim e sem fim de amigos?
Fim não existe. Fim é infinito. E o infinito é sem fim.
Tudo ficará bem pois nada tem fim.

FIM

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Como em uma redoma...


Como o pinto no ovo, sufocado pela proteção de sua mãe estamos todos nós.
Quando criança podemos perceber o quanto nossos pais nos protegem e por muitas vezes na adolescencia nos sufocam.
E, na fase adulta continuamos na casca... Uma casca criada por nós mesmos. Uma redoma de vidro que não nos deixa sair. Que não podemos quebrar. Um passo para trás como criança assustada, sem saber onde chegar.
Uma redoma que nos polda, que nos molda, que nos protege e nos priva. Uma casca dura, uma morada, uma asa.
Não podemos quebrá-la ou não queremos.
Estamos ali parados... vendo o mundo girar e sem sair... algo nos prende e dele não podemos nos libertar.
Somos nós mesmos nossos próprios prisioneiros, nossos próprios algozes que nos privamos de viver o que queremos viver por medo do que virá a ser.
Mas como o vir-a-ser virá se não o deixamos vir?
O medo é essa casca. Cabe a nós a dura tarefa de enfrentá-lo, como um pintinho que o faz para vir-a-ser vida ou nos deixar morrer dentro da casca, sem respirar.